Casa do Tobitaka

Casa do Tobitaka (o soalho faz barulho a toda a hora e as coisas mexem-se sozinhas)

"Hmpf...",suspirou o jovem ajeitando as suas calças de pijama. Mal puxou o autoclismo a canalização fez toda baboom e plop e plim e por toda a casa as aranhas tremeram e fugiram.
Lavou as mãos. Porque isso era muito importante e ele não era porco como o Fudou - tantas vezes que entrava lá pelo restaurante sem as lavar antes nem depois na refeição.... e tantas vezes Tobitaka tinha suspirado e tentado ter "a conversa" com o moicano rebelde, que só cruzava os braços e dizia "sabão é só chatice".
E só de pensar no restaurante meteu logo a higiene do Fudou de lado, e ficou mais contente... como gostava daqueles tachos, daquelas panelas, aqueles dias em que a Raimon toda entrava por ali a dentro a comer e a comer... e daquele cheiro a miso que se havia incrustrado em todas as suas roupas; era tipo o melhor part-time de sempre.
Foi para o seu quarto pelo corredor escuro, onde tinha deixado o portátil aberto com uma playlist do Elvis Presley "o bom velho Rei". Meteu o casaco de cabedal, as botas de biqueira, e sentiu o coração bater mais forte ao sair da sua velha casa, só de pensar que dali a nada ia estar.... a cozinhar.

E heis que chegam à casota do Tobitaka, que não é casota nenhuma.
"Cá estamos. Já vos vou mostrar a casa se bem que conseguem ver onde estão as coisas sozinhos."
Abre a luz e começa a tour principal: cozinha, frigorífico ("se me faltar mais que o essencial és tu quem compras Tsunami"), comando da televisão, casa-de-banho, casa-de-banho, casa-de-banho e por último subindo as escadas, o quarto de hóspedes.
"...Só tem um senão."

"Janota a tua casa... espera! Que senão é esse?"

"Bem, é que não tenho colchões em casa a mais, por isso a não ser que um de vocês queira dormir no sofá da sala, vão ter de dormir na mesma cama."
Silêncio.

"Ah, uh...." *envergonhado* "Nós não nos importamos! Já é hábito... Não é, Tsunami-san?"

"Eish granda maluquice ó Tobitaka! Mas a gente nã' s'importa, a cama é bem grande por isso n'á perig' d'alguém levar c'um pé!"
E para comprovar isto atira-se para cima dela.
"Ui é molinha também! Eu fico já aqui a xónar, obrigado Tobitaka és um bro!"

"... se ma partes também ma pagas." E o Tsunami parou logo de balouçar na cama de repente.
Tobitaka suspirou.
"Bem qualquer coisa chamem-me, eu fico ali ao lado, é o quarto roxo com um poster da Bettie Page na porta." e vira-se para sair,"Ah Tachimukai, toma conta dele sim? Ele ainda é um puto da maior espécie."

*amanda uma almofada ao Tobitaka como resposta, mas bateu em cheio na porta a fechar*
Ri-se.
"Aquele gajo, meu deus. Bom é hora do ó ó para nós!", começa a remexer nas coisas do seu saco de viagem e a falar sozinho, "Ora onde é que eu meti a minha pasta de dentes..."

*tira um tipo de pasta de dentes da sua mala e dá ao Tsunami* "Toma, podes usar a minha"
*Continua a mexer na mala, tira o pijama e começa a trocar de roupa*

"Ahh obrigado!"
Olha um bocado para o lado, assim um olhar fugitivo, não é que esteja a olhar nem nada não é. Erh..., parece que está na hora de se meter à vontade também! Começa a tirar a roupa e fica de boxers, boxers do spongebob mais precisamente.

*Acaba de se vestir e olha pro Tsunami*
"Tsunami-san! Tu assim, mmm... vais ter frio! Veste-te!" *com as bochechas rosadas de vergonha, por mais que já tenha visto aquele espectáculo, não conseguia evitar*

Tsunami cruza os braços, todo "eu é que sei".
"Ó rapaz não 'tá frio nenhum. Eu normalmente durmo nu mas não posso fazer isso porque tenho-te respeito não é. Não se fazem dessas cenas com outras pessoas não é."
Desparece momentaneamente para a casa-de-banho, para tratar da sua ~~higiene pessoal.

*Diz baixinho* "Daqui a nada eu é que perco o respeito por mim próprio, se for mesmo dormir contigo assim..." *dá um par de estalos em si próprio* "ahhh pensar noutras coisas!"
*acaba de se vestir, pega na escova e pasta de dentes e dirige-se à casa de banho*

Tachimoka tamos tão ousados

*vê-o entrar*
"Oiee,", ainda de boca cheia de espuma enquanto escovava "Gst' d' t' Pahaahhhmwa"
E depois de ouvir que o que tinha dito não fazia sentido nenhum, cuspiu para o lavatório, passou a boca por água e voltou a fazer-se entender.
"Gosto muito do teu pijama." sorriu e apontou para as calças do Tachimukai que tinham nada mais, nada menos, que cachorrinhos dálmatas. Sempre tinha achado o tachimukai um bocado cachorrinho, por isso foi ainda mais engraçado.

"Ah, heh, obrigado. E eu gosto dos teus... abdominais boxers. Via isso quando dava na sic, o meu favorito era a estrela do mar."
*chega-se ao lavatório, como Tsunami já se tinha despachado, e começa a lavar os dentes*

Atira-se para a cama que nem peso morto, e enfia-se debaixo dos lençóis, todo deitado de perna aberta e braços atrás das costas.
"Ó TACHIMUKAI.", grita, depois apercebe-se da peixeirada e acha melhor não, porque o tobitaka tem ar de quem os esfolaria vivo, de modo honesto, se o acordásse. "Olha, depois fecha-me a luz que daqui só me levanto quando morrer!"
Quando o Tachimukai sai da casa-de-banho, Tsunami só dá uma de macho e assobia antes de bater na cama a seu lado, em jeitos de gozo.
"Ó, deita-te aqui comigo no leito."

*Volta da casa de banho*
"SHHHH olha o barulho! Estás no primeiro andar de uma casa, não numa montanha! ...E que raio de forma sugestiva de me chamares é essa?" *corado*
*Fecha a porta, a luz, e mete-se na cama*
"Contente?"

"Ai agora fica-me ofendido o rapaz... estava a brincar! Até parece que não me conheces." Dá-lhe uma pancadinha no ombro, no escuro "'Tou com uma moca... hoje foi bués cansativo... boa noite Tachimukai!"
E vira-se para o lado, caíndo num sono profundo muito depressa.

(olha que afinal não houve maluqueiras)

"Chama-me e depois não quer nada... parvalhão."
*Vira-se para o lado oposto... Mas depois vira-se de novo para o Tsunami, encosta-se a ele e adormece*

Ai miga esse cockblock, coisa cruel!